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Regime de colaboração é acerto e implementação é desafio na nova política de alfabetização 

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Plano de implementação detalhado é um próximo passo importante para o programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que conta com a adesão de todos os estados e do Distrito Federal

O Todos elaborou uma nota técnica para analisar o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, lançado em junho. Segundo o documento, o programa é um marco importante na política de alfabetização do país, que tem na implementação o seu maior desafio.

De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os 26 estados e o Distrito Federal já aderiram ao programa; nos municípios, o percentual de adesão é de 83% (dados de 11 de julho). O Programa pretende garantir que as crianças estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do Ensino Fundamental, conforme previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Em nota, o Todos destaca a intenção do MEC de assumir uma posição central de coordenação e de apoio técnico e financeiro para induzir o regime de colaboração entre os estados e municípios. 

Entre os principais destaques positivos da política estão: a referência nas melhores experiências nacionais, que apontam para a efetividade do regime de colaboração; proposta sistêmica; protagonismo de estados e municípios; e um trabalho estendido a todo o ciclo da alfabetização, incluindo estudantes do 3o ao 5o ano do Ensino Fundamental ainda não alfabetizados.

O documento destaca que o MEC precisa dar direcionamentos claros para a efetivação da política nas redes. Entre os pontos que ainda precisam avançar, estão:

  • detalhamento de medidas para garantir implementação adequada, prevendo coordenação e apoio técnico e financeiro;
  • cronograma e plano de implementação mais explícitos; 
  • mais clareza sobre o que se considera uma criança alfabetizada e suas competências; 
  • maior ênfase no componente curricular de matemática;
  • estabelecimento de avaliação censitária (já que Saeb não disponibiliza dados nível município); 
  • definição de metas intermediárias que considerem a redução de desigualdades socioeconômicas, raciais e regionais;
  • definição da forma de cálculo da assistência financeira e mecanismos de repasse, considerando os critérios já estabelecidos; 
  • discussão sobre a abordagem pedagógica das ações nacionais, visto que a política trará elementos como materiais, formação de professores e avaliações. 

É essencial que o MEC continue dando prioridade para a pauta e fortaleça sua capacidade de coordenação e apoio, buscando garantir que as ações sejam efetivadas nas redes e cheguem alinhadas e estruturadas até as escolas, apoiando efetivamente na melhoria da alfabetização das crianças no Brasil.

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