Anuário Brasileiro da Educação Básica 2024
Tradicional publicação que reúne os principais dados educacionais do país está de volta, após breve hiato, numa realização do Todos Pela Educação, da Fundação Santillana e da Moderna.
O Anuário Brasileiro da Educação Básica é lançado reunindo uma série de dados públicos, com objetivo de contribuir com o monitoramento de dados e com qualificação do debate educacional, permitindo um vasto e profundo campo de análise para diferentes públicos.
Diferente das anteriores, a nova edição tem como foco a rede pública da Educação Básica e está dividida por temáticas que passam da Educação Infantil à formação de professores; da aprendizagem à infraestrutura; da gestão escolar à tecnologia. A publicação conta ainda com um capítulo exclusivo dedicado às Relações Étnico-Raciais na Educação e traz também novos levantamentos a partir dos últimos dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
“Mantemos a decisão de retratar a Educação brasileira a partir do recorte da rede pública, por entendermos que é o lugar em que o monitoramento dos dados e a aplicação de políticas educacionais têm o maior impacto. Também é a Educação Pública que precisa avançar para reduzir as graves desigualdades de nossa sociedade”, afirma Priscila.
Educação Infantil
Entre outros destaques da nova edição, o Anuário aponta para a evolução nas matrículas de crianças de até 3 anos em creches ao longo da última década – saltando de 28% em 2013, para 40% em 2023. Contudo, 20% não frequentam a escola por alguma dificuldade de acesso, como falta de vaga, por exemplo. O índice é quatro vezes maior entre as famílias mais pobres, quando comparado com as famílias mais ricas do país.
Financiamento
O Anuário também traz análises inéditas sobre o financiamento da Educação Básica brasileira. Por exemplo, mostra que, de 2019 para 2023, o percentual de municípios que tinham gasto anual menor que R$ 8 mil por aluno caiu de 32,7% para 1,7% – efeito direto do Novo Fundeb, implementado no período. Além disso, mostra que a dotação orçamentária do Ministério da Educação destinada à Educação Básica atingiu, em 2023, o maior valor da década: R$ 81,4 bilhões.
Equidade Étnico-Racial
A nova edição da publicação apresenta maior intencionalidade para dados sobre as desigualdades étnico-raciais no país. Na Educação Infantil, é possível observar que as matrículas de crianças pretas, pardas e indígenas cresceram no Brasil em dez anos. Na outra ponta, no Ensino Médio, grupos minorizados seguem com índice de conclusão significativamente menor do que de pessoas brancas (78%).
Projeto digital e impresso
Visando garantir boa experiência de leitura, diante da robustez dos dados consolidados, o Anuário tem como novidade uma versão digital com melhor interatividade e navegabilidade. Ainda assim, o projeto segue em versão impressa, ampliando a possibilidade de consumo para diferentes públicos, a partir da essência do projeto original – fruto de mais de uma década de parceria entre Todos Pela Educação, Fundação Santillana e Editora Moderna.
“Celebramos o retorno do Anuário Brasileiro da Educação Básica, com a convicção de que mais transparência e mais informação são fundamentais para levar a Educação do país ao patamar de qualidade que todos nós sonhamos”, completa Luciano Monteiro, diretor-executivo da Fundação Santillana.