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Todos lança análise de propostas de incentivo financeiro para estudantes

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Lançamos hoje (8) uma análise sobre programas de incentivos financeiros para estudantes do Ensino Médio, com contribuições técnicas para as propostas do governo federal, a Medida Provisória MP nº 1.198/2023, e da deputada Tabata Amaral (PSB/SP), Projeto de Lei nº 54/2021.

Segundo o estudo, a literatura aponta para efeitos benéficos de políticas de incentivo financeiros para os jovens, a depender do desenho da medida. Além disso, no contexto brasileiro, marcado por altos índices de evasão e abandono escolar na etapa e taxas insuficientes de matrícula, a política pode ter papel importante para contribuir com o enfrentamento dos desafios do Ensino Médio. 

Considerando que é o Projeto de Lei nº 54/2021 que deve ganhar prioridade na tramitação ao longo dos próximos dias, a nota técnica elenca 6 recomendações de melhorias específicas no texto atual:

  • Incluir pagamentos mensais recorrentes, para além da poupança a ser sacada ao fim de determinados períodos;
  • Aprimorar as estratégias de focalização do programa;
  • Incluir repasses recorrentes adicionais para estudantes matriculados em escola de tempo integral;
  • Ampliar o conjunto de condicionalidades, contemplando a participação em avaliações nacionais e estaduais de aprendizagem e a frequência escolar;
  • Definir metas claras, indicando, por exemplo, quais indicadores serão acompanhados e quais são as metas de curto, médio e longo prazo do programa;
  • Instituir uma avaliação do programa e prazos para revisão do desenho.

O documento destaca, ainda, que um programa de incentivos financeiros para estudantes não deve ser visto como a grande solução para os problemas do Ensino Médio brasileiro, que são complexos e multifacetados. 

Avançar em um projeto sistêmico de Ensino Médio exige a estruturação de um conjunto de medidas, tais como ajustes na atual “Reforma do Ensino Médio” (que está sendo debatido no Congresso), governança, financiamento e gestão da etapa, melhorias nas condições de trabalho dos profissionais que atuam nas escolas, fortalecimento das políticas pedagógicas, maior integração com a Educação Profissional e Tecnológica e melhoria na infraestrutura física e digital das escolas. 

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