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Ideb e Saeb: veja os destaques dos resultados de 2023

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta quarta-feira (14), os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. O Todos Pela Educação preparou um material com os principais destaques.

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  • A comparação dos resultados do Ideb 2023 e do Ideb 2019 mostra dois cenários distintos, a depender do componente analisado do índice.

    • As taxas de aprovação (indicador de rendimento) melhoraram em todas as etapas analisadas, o que é uma notícia positiva.
    • Já a nota padronizada (indicador de desempenho), que mensura a aprendizagem dos estudantes, segue em patamares menores do que os observados em 2019, pré-pandemia, em todas as etapas.
  • Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, o Ideb de 2023 da rede pública foi o mesmo que o de 2019 (5,7). Esse resultado foi alcançado com uma redução no indicador de aprendizagem (6,02 para 5,91) e aumento no indicador de fluxo (0,94 para 0,97). Apenas 6 estados evoluíram no indicador de aprendizagem dos estudantes (nota padronizada do Saeb), com os maiores avanços de Alagoas, Maranhão e Ceará. Além disso, os estados que mais retrocederam foram Mato Grosso do Sul, São Paulo e Roraima.

  • Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o Ideb de 2023 da rede pública foi de 4,7, frente a 4,6 em 2019. Esse resultado foi alcançado com uma redução no indicador de aprendizagem (5,21 para 5,10) e aumento no indicador de fluxo (0,89 para 0,93). Apenas 6 estados evoluíram no indicador de aprendizagem dos estudantes, com os maiores avanços de Amapá, Alagoas e Pará. Por outro lado, os estados que mais retrocederam foram Mato Grosso do Sul, Rondônia, e Minas Gerais.

  • No Ensino Médio, o Ideb de 2023 da rede estadual foi de 4,1, frente a 3,9 em 2019. Esse resultado foi alcançado com uma redução no indicador de aprendizagem (4,54 para 4,45) e aumento no indicador de fluxo (0,85 para 0,92). Apenas 8 estados evoluíram no indicador de  aprendizagem dos estudantes, maiores avanços de destaque para Pará, Amapá, Amazonas e Piauí. O Distrito Federal, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul apresentaram maior retrocesso no desempenho. 
  • Cabe destaque a ausência da divulgação dos resultados do Saeb 2º ano do Ensino Fundamental, dados importantes para que o país possa conhecer, com rigor metodológico, a situação da alfabetização das crianças, comparando-a com o contexto pré-pandêmico. 

 

O que é o Ideb e o Saeb?

Assim como cada professor avalia o aprendizado de seus alunos, o país também precisa avaliar o quanto as crianças e jovens espalhados pelas escolas de todo o território nacional estão de fato aprendendo. O Brasil faz isso por meio do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), um conjunto de avaliações de larga escala, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aos estudantes do 2º, 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio. Já o Ideb é um indicador também calculado pelo Inep e que reúne o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações do Saeb. Ele é o principal indicador de qualidade da Educação do Brasil.

 

Por que não comparamos com 2021?

O Saeb 2021 foi o primeiro realizado após a pandemia, cujas avaliações foram aplicadas entre novembro e dezembro de 2021, momento em que muitas escolas públicas do país ainda ofertavam atividades a distância ou tinham acabado de voltar ao presencial. Apesar do esforço do Inep, a taxa de participação dos estudantes na avaliação caiu, em média, 10 pontos percentuais em relação à edição de 2019. Já em relação ao Ideb, as taxas de aprovação tornam a comparação impossível, uma vez que as redes de ensino lidaram de formas diferentes com a aprovação dos alunos durante a crise da Covid-19.

 

++ O que é o Ideb e para que ele serve? 

++ Divulgação de Saeb e Ideb 2021 traz risco de comparações indevidas

++Análise do Todos Pela Educação sobre a divulgação do Indicador Criança Alfabetizada