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Posicionamento sobre as novas diretrizes para a formação dos futuros professores no país

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O Ministério da Educação homologou as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Formação Inicial de Profissionais do Magistério (Resolução CNE/CP nº 4/2024) – que haviam sido recomendadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

A normativa é válida para cursos de licenciatura, de formação pedagógica para graduados não licenciados e também para cursos de segunda licenciatura. Diante deste debate, o Todos Pela Educação divulgou recentemente uma nota de posicionamento sobre o tema, avaliando que, apesar de existirem pontos de atenção, a Resolução de 2024 apresenta avanços significativos quando comparado às resoluções anteriores, de 2015 e 2019, e poderá ter um papel relevante na melhoria da qualidade da formação inicial de professores no Brasil.  

VEJA A NOTA DE POSICIONAMENTO NA ÍNTEGRA AQUI

Um dos principais avanços da nova Resolução é em relação à EaD, ao determinar que 50% da carga horária total dos cursos nessa modalidade sejam, obrigatoriamente, ofertadas de forma presencial. Essa é uma medida importante, haja vista que existem um conjunto de competências e habilidades que os futuros professores precisam desenvolver nas quais a presencialidade é condição fundamental. 

As novas DCNs têm grande importância, mas o documento sozinho não consegue ter impacto efetivo, já que seu principal papel é orientar e nortear mudanças nos currículos e em instrumentos específicos, como o Enade e outros mecanismos de avaliação e regulação dos cursos. Para que as DCNs sejam efetivamente implementadas e possam gerar um aprimoramento na formação inicial docente, é essencial que o MEC apoie as Instituições de Educação Superior na reformulação dos seus cursos, de forma alinhada às novas diretrizes e às demandas e desafios da Educação Básica, fornecendo incentivos por meio de um programa de apoio e ampliando e fortalecendo programas como o Pibid e a Residência Pedagógica, além de melhorar seus mecanismos de regulação e avaliação da Educação Superior. 

Em novembro de 2023, o Todos, em conjunto com outras organizações, apresentou ao Ministério a “Carta ao MEC em defesa de mudanças estruturais na formação inicial de professores do Brasil” demonstrando profunda preocupação em relação à qualidade da formação docente no país. Existe um conjunto de medidas que precisam ser avançadas, mas as novas DCNs cumprem um papel central como elemento norteador nesse processo de mudança e se configura como um primeiro passo importante na trajetória de melhorias substanciais. 

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