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Todos Pela Educação reúne professores, especialistas e sociedade civil para debater políticas docentes

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O Todos Pela Educação reuniu-se, nesta quinta-feira (1), em São Paulo, com docentes da Rede Conectando Saberes, especialistas da Educação e membros do terceiro setor. O objetivo do encontro foi apresentar os principais achados da pesquisa de opinião com professores da Educação Básica, lançada em fevereiro deste ano pelo Todos, Instituto Península, Itaú Social e Profissão Docente, bem como promover um momento de escuta sobre os principais desafios das políticas docentes.

De acordo com Ivan Gontijo, gerente de Políticas Públicas do Todos Pela Educação, escutar a comunidade escolar é imprescindível para a atuação da organização. “ Este amplo processo de escuta é fundamental para a produção de conhecimento com qualidade. No Todos, sempre tentamos dialogar e escutar quem está na escola fazendo a Educação acontecer”.

Conheça todas as pesquisas de opinião que fizemos com a comunidade escolar

Esmeralda Macana, especialista em monitoramento e avaliação do Itaú Social, e Daniela Kimi, diretora de Desenvolvimento Institucional e Parcerias do Instituto Península, instituições parceiras na pesquisa, também destacam a importância dessa escuta. “Para nós, é imprescindível a voz dos professores para que possamos contribuir com mais eficácia no debate educacional”, disse Esmeralda. Daniela complementou: “A pesquisa de opinião mostrou que 92% dos professores gostariam de participar mais do desenho de políticas e programas educacionais de sua rede. Essa colaboração é muito necessária para o desenho de melhores políticas docentes”.

Comentários sobre a pesquisa

Um dos principais destaques da pesquisa de opinião foi qual ação o professor acredita que deveria ser priorizada pelas secretarias de Educação nos próximos anos. Dentre 10 medidas investigadas, dois itens foram destacados por esses profissionais: a oferta de apoio psicológico a professores e estudantes e a promoção de programas de reforço e recuperação. 

Para Caroline Pereira Laino, professora das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, faltam políticas que tenham foco na saúde mental dos docentes. “O professor tem um senso de responsabilização muito grande e, em contrapartida, não tem um suporte necessário para continuar trabalhando apesar do adoecimento”. Beatriz Machado do Nascimento, professora de Goiás, destacou os prejuízos causados pela pandemia: “o maior desafio hoje em sala de aula é recuperar a defasagem. Existe uma Educação pré-pandemia e pós-pandemia. Em 25 anos em sala de aula, 2022 foi o ano mais difícil pra mim. É um trabalho árduo que temos no dia a dia”.

Roda de conversa

Além das discussões sobre a pesquisa de opinião, os professores reuniram-se mais cedo para debaterem com a equipe-executiva do Todos algumas temáticas de grande relevância para a pauta docente, como a questão dos professores temporários nas redes de ensino, o ingresso desses profissionais na carreira e a formação inicial.