Devem ser consideradas as taxas de participação nas provas e as diferentes formas de lidar com a aprovação de alunos

No próximo dia 16 de setembro, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgará os resultados das avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2021. Considerando o contexto de pandemia em que tais provas foram aplicadas,  o Todos Pela Educação divulga uma nota com considerações para a leitura e análise desses indicadores de aprendizado.

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As avaliações do último Saeb foram aplicadas entre novembro e dezembro de 2021, momento em que algumas escolas ainda ofertavam atividades a distância ou que tinham acabado de voltar ao presencial. Mesmo com o esforço logístico e operacional do Inep, esse cenário fora do normal impactou de forma distinta cada localidade, com efeitos distintos no percentual de alunos matriculados que, de fato, fizeram as provas (as chamadas taxas de participação). Dessa forma, comparar resultados entre redes de ensino ou variações no tempo dos resultados de uma mesma rede exigirá cautela adicional.

Já em relação ao Ideb, além de utilizar as médias de desempenho dos alunos nas avaliações do Saeb, o índice é composto pelas taxas de aprovação dos estudantes em determinado ano. Contudo, as redes de ensino lidaram de forma distinta com a aprovação dos alunos na pandemia, ocasionando uma situação atípica dessas taxas, praticamente deixando impossível comparações gerais sobre a evolução do índice dentro das redes e entre elas.

De que forma os dados do Saeb e Ideb de 2021 poderão ser usados?

O Todos acredita que serão particularmente úteis para dar uma dimensão dos efeitos da pandemia sobre a aprendizagem dos estudantes brasileiros a nível nacional e também serem observados e utilizados dentro de cada rede de ensino e cada escola, que conhecem suas realidades e podem melhor contextualizar as informações, para nortear as ações de recomposição de aprendizagem.