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Anuário Brasileiro da Educação Básica 2018, agora disponível para download

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O Anuário Brasileiro da Educação Básica, produzido e publicado há sete anos por iniciativa do Todos e da Editora Moderna, são uma referência para jornalistas, gestores públicos e sociedade compreenderem a dimensão e os desafio do cenário da Educação do Brasil. E a edição de 2018 acaba de ganhar a sua versão digital, considerando a atualização de alguns indicadores de referência com a nova metodologia da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a chamada Pnad Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora esteja em fase final de consolidação, a Pnad Contínua apresenta dados mais apurados para os anos de 2012 a 2017, proporcionando ao leitor a visão dos últimos desenvolvimentos da Educação Nacional.

Qual a diferença entre a versão impressa e a digital?

A edição impressa do anuário brasileiro é marcada exatamente pela transição entre as duas formas de acompanhamento dos indicadores populacionais da Educação: Pnad e Pnad Contínua. A principal diferença entre as duas é a frequência de sua aplicação: enquanto a Pnad foi realizada anualmente (sempre em setembro) até 2015, a Pnad Contínua é organizada em ciclos trimestrais, mas com entrevistas feitas todos os meses desde 2012.

Essa transição está ocorrendo porque a nova metodologia permite recortes mais variados: é possível analisar indicadores trimestrais, mensais e também anuais. E isso, na prática, pode mudar o entendimento dos dados. Por exemplo, a taxa de atendimento escolar. Se compararmos a Pnad à Pnad Contínua, veremos diferenças porque enquanto a primeira só calcula abandonos na última semana de setembro, a segunda se baseia em entrevistas feitas em todas as semanas de julho a setembro. Assim, vê-se que o período em que as respostas foram coletadas influencia a consolidação dos dados.

Apesar de coexistirem até agora, a partir de 2019 o Anuário impresso também utilizará a Pnad Contínua – ou seja, a versão digital e a impressa serão iguais. Mas vale lembrar que apesar de a versão impressa da publicação usar a Pnad aplicada até 2015 – ou seja, os dados ali contidos não são os mais atuais -, sua metodologia possui uma longa série histórica, é consistente e amplamente aceita para avaliar o cenário da Educação.

O que as versões impressa e digital têm em comum?
Entre outros pontos importantes, as duas versões do Anuário mostram que um dos maiores problemas da Educação brasileira é a desigualdade. E isso fica muito evidente considerando o Nível Socioeconômico (NSE) dos alunos. Para ficar em um exemplo, no especial “Início Desigual”, os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) mostram que entre os 20% de municípios mais pobres, apenas 32,7% dos alunos do 3° ano do Ensino Fundamental têm nível suficiente em leitura, enquanto nos 20% de municípios mais ricos essa taxa é de 58,4%.

Estes e outros indicadores são calculados com base, principalmente, em dados do Instituto Nacional de Pesquisa Educacionais (Inep/MEC), como o Censo Escolar e o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad/IBGE). Mas é nesta última pesquisa, como já dissemos, que as diferenças entre as versões impressa e digital começam.

Qual ver agora? As duas!
Por essas diferenças, as metodologias da Pnad e Pnad Contínua não são comparáveis entre si. Então se você já tem a última versão impressa do Anuário, não se preocupe: ela continua valendo como um olhar consolidado para o cenário da Educação. Mas se você quer se basear pela versão digital, tudo bem: é uma visão suplementar para o mesmo cenário. E o melhor: você baixa aqui mesmo e leva em seu computador, tablet ou celular para onde for.

Baixe aqui o Anuário 2018!