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Todos Pela Educação lança recomendações para tornar escolas mais preparadas para lidar com a crise climática

Propostas abrangem governança, infraestrutura, equidade e currículo, e buscam preparar redes de ensino para enfrentar emergências ambientais. Documento foi apresentado em evento com autoridades, gestores e especialistas, em São Paulo.
A imagem mostra um par de mãos segurando um relatório impresso com capa branca. Na capa há uma foto de um garoto sorrindo em sala de aula, acompanhada de um gráfico em forma de seta nas cores laranja e roxa. O título do documento é “Educação Resiliente – Recomendações para fortalecer a resiliência dos sistemas educacionais brasileiros frente às crises climáticas”. A publicação é assinada pelo Todos Pela Educação e pelo movimento Vozes da Educação, com data de outubro de 2025.

Com a intensificação dos eventos climáticos extremos e os impactos cada vez mais frequentes na Educação, o Todos Pela Educação e a consultoria Vozes da Educação, com apoio da B3 Social, lançaram nesta terça-feira (28), um conjunto de 25 recomendações para tornar redes e escolas mais preparadas para lidar com a crise climática. As recomendações foram apresentadas durante o evento “Educação Resiliente – Um futuro necessário”, que reuniu autoridades, gestores e especialistas, em São Paulo. 

O documento Educação Resiliente parte do diagnóstico de que enchentes, secas, deslizamentos e ondas de calor já interrompem aulas, danificam estruturas escolares e agravam desigualdades educacionais. Para enfrentar esse cenário, o material propõe 25 ações articuladas voltadas a gestores públicos dos níveis federal, estadual e municipal, com foco em quatro frentes: governança, infraestrutura, equidade e currículo.

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Entre as propostas estão medidas estruturais, como a criação de diretrizes nacionais de governança compartilhada para situações de emergência, com definição clara das responsabilidades entre os entes federativos. Também é recomendada a instituição de comissões intersetoriais permanentes, além da obrigatoriedade de planos de contingência escolares, com protocolos práticos para situações de emergência.

No campo do financiamento, o documento propõe a criação de um Fundo Nacional para Escolas Resilientes. Outra recomendação é condicionar o repasse de recursos federais à comprovação de que novas escolas não sejam construídas em áreas de risco, mediante certificação emitida pela Defesa Civil.

Em relação à justiça climática, o texto prevê o direcionamento prioritário de recursos para escolas localizadas em áreas de maior vulnerabilidade, bem como ações para garantir a continuidade da aprendizagem de estudantes afetados por desastres. Entre elas, estão o transporte escolar emergencial, bolsas de permanência e apoio psicossocial. O documento também reforça a importância de fortalecer a Busca Ativa Escolar em contextos de crise, com foco na prevenção da evasão.

Na dimensão pedagógica, destaca-se a recomendação de incluir a educação climática e a gestão de riscos na formação inicial e continuada de professores, além do incentivo à produção de materiais didáticos e estratégias de ensino que envolvam a comunidade escolar no tema.

“Fortalecer a resiliência educacional deixa de ser uma escolha e se torna condição indispensável para assegurar o direito constitucional à educação com equidade. A crise climática impacta diretamente a aprendizagem dos estudantes e amplia desigualdades já existentes. Governos, comunidades escolares e sociedade civil precisam avançar juntos na pauta da educação resiliente”, conclui Luana Smeets, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação.

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