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Seminário #EducaçãoJá! – “A ideia que temos que partir do zero em Educação é desastrosa”, diz o professor e pesquisador Fernando Abrucio

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“O Brasil tem uma agenda de Educação e não é preciso inventar a roda”, foi assim que Fernando Abrucio, pesquisador e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), sintetizou as conclusões do “Seminário Internacional Educação Já: Prioridades para a Educação Básica e os desafios de implementação” e sinalizou o que precisa estar no radar da gestão federal nos próximos quatro anos. Durante dois dias, 43 especialistas nacionais e internacionais debateram os temas consensuados como prioritários para tirar a Educação brasileira da letargia, em um evento organizado pelo pelo Todos Pela Educação com o apoio da FGV e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, em inglês). A base do encontro foi a agenda suprapartidária Educação Já!, construído com 60 especialistas e instituições da área em 2018.

Entre as principais preocupações citadas pelos participantes durante os sete painéis expositivos do evento estão a falta de continuidade de políticas públicas educacionais já iniciadas, a negligência com relação a diagnósticos e conhecimento acumulado informados por pesquisas e experiências nacionais e internacionais, o excessivo centralismo de políticas federais, a inércia diante de problemas que exigem coragem política para serem enfrentados, como a mudança na carreira docente, e, por fim, a falta de senso de urgência em relação à melhoria da Educação. “Por mais que as propostas colocadas na iniciativa Educação Já! sejam a longo prazo, precisamos pensar no sentido de urgência e esse é o sentido de um evento como esse”, defendeu Abrucio.

O que planeja o  Ministério da Educação (MEC)

Em uma de suas primeiras falas públicas a frente da pasta, Tania Leme de Almeida, secretária de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC),  respondeu às inquietações dos gestores e especialistas presentes com a promessa de que o ministério quer ouvir e está em busca do diálogo com entidades educacionais importantes como o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).

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Além disso, a secretária contou o que o MEC planeja colocar em movimento nos próximos dias de governo. “Ao fim dos 100 dias, queremos entregar uma política nacional de alfabetização. Estamos estudando o que seria efetivo pautados nas evidências científicas e a minuta não será fundamentada em uma única metodologia, afinal cada aluno é um universo e é preciso respeitar a pluralidade na forma de aprender”, disse. Ela também explicou a demora do ministério em comunicar suas prioridades. “Não queremos lançar uma bomba atômica, estamos estudando e tendo cuidado”, ponderou.

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