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Entidades apresentam recomendações para enfrentar os impactos da crise climática na Educação

Documento técnico apresenta recomendações para o enfrentamento dos desafios da Educação frente às mudanças climáticas no Brasil.
Recomendações para enfrentar os impactos da crise climática na Educação. Três crianças estão sentadas em volta de uma mesa branca, participando de uma atividade de desenho em um ambiente interno, provavelmente uma sala de aula. No primeiro plano, uma mão segura um lápis verde, desenhando flores, um sol e outros elementos coloridos em um papel azul-claro. Ao fundo, as crianças, que vestem camisetas brancas com detalhes em vermelho, estão concentradas, observando ou realizando suas próprias atividades. Há materiais escolares, como canetas e lápis de cor, espalhados sobre a mesa. A iluminação natural destaca o foco na criatividade e no aprendizado.

Nota técnica sobre a mudança do clima e os efeitos no acesso, na permanência e na aprendizagem dos estudantes discute como as escolas podem impulsionar ações para contribuir para a reversão do cenário

Um documento técnico desenvolvido pelo D³e – Dados para Um Debate Democrático na Educação, Todos Pela Educação e Instituto Terra Firme apresenta recomendações para o enfrentamento dos desafios da Educação frente às mudanças climáticas no Brasil.

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A nota “O impacto das mudanças climáticas na Educação: iniciando um debate”, de autoria de Sofia Lerche Vieira, professora emérita da Universidade Estadual do Ceará (UECE), foi elaborada com base em recentes publicações de organizações internacionais sobre o tema – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (UNESCO), Banco Mundial e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O documento contextualiza como as mudanças climáticas estão afetando o acesso, a permanência e a aprendizagem na Educação e aborda possibilidades de enfrentamento dos desafios inerentes a essas mudanças. Destaca ainda como as escolas podem impulsionar ações que contribuam para reverter este cenário. 

Considerando o contexto, a autora traça recomendações para o desenho de ações e intervenções integradas e intersetoriais por parte dos formuladores de políticas e para o envolvimento dos mais diversos atores e da sociedade civil para que o tema seja foco de atenção e priorização nacional. O documento destaca quatro eixos como fundamentais para orientar a ação climática:

  • Primeiro eixo: enfatiza a necessidade de infraestrutura sustentável e sistemas resilientes, sugerindo iniciativas como um Programa Nacional de Escolas Verdes e ações intersetoriais voltadas à prevenção de desastres naturais.
  • Segundo eixo: destaca a importância de mudanças curriculares que priorizem a alfabetização climática e ambiental, abrangendo a formação inicial e continuada de professores e incentivando a pesquisa acadêmica sobre políticas ambientais, mudanças climáticas e Educação. 
  • Terceiro eixo: foca no engajamento ativo da comunidade escolar em ações ambientais, dentro e fora da escola.
  • Quarto eixo:  diz respeito à urgência de um debate contínuo sobre Educação e mudanças climáticas, envolvendo múltiplos atores e alinhado à mitigação dos impactos climáticos de forma intersetorial.

“A nota técnica tem como propósito apoiar a busca por respostas para questões urgentes e a promoção de uma Educação sustentável e comprometida com a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Esperamos que o documento impulsione outros estudos que agreguem mais recomendações, engajando novos atores e envolvendo diferentes forças no debate”, explica Olívia Silveira, diretora executiva do D³e. 

Vale destacar que, nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado os impactos da crise climática na Educação, afetando o acesso, a permanência e a aprendizagem de milhões de estudantes. Enchentes no Rio Grande do Sul e queimadas em várias regiões do país forçam o poder público a usar escolas como abrigos emergenciais, interrompendo as atividades. O aquecimento global, mais intenso no semiárido do Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste, compromete significativamente a qualidade da Educação.

“Diante do cenário de emergência climática, é fundamental que o tema da Educação e mudanças climáticas seja tratado como prioridade nacional. Há um consenso entre os especialistas envolvidos na nota técnica sobre a urgência de ações integradas e intersetoriais visando o desenvolvimento de sistemas educacionais resilientes e a mitigação dos efeitos da crise climática”, destaca Manoela Miranda, gerente de Políticas Educacionais do Todos Pela Educação. 

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