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Primeira infância: quando é a hora de ir para a escola

Desvendamos algumas dúvidas sobre esta etapa do desenvolvimento infantil - inclusive falamos sobre o momento em que os pequenos podem (e devem!) começar a frequentar o ambiente escolar
pisa na primeira infância analfabetismo

Agora que você já sabe uma porção de coisas sobre Primeira Infância (e se não sabe, dá um pulo no nosso outro texto aqui), chegou a hora de entender quando os pequenos podem começar a frequentar a escola. Aliás, você sabia que a Educação Infantil é composta por duas etapas? A primeira é a creche (que recebe crianças do 0 aos 3 anos de idade) e a segunda é a Pré-escola (frequentada por crianças de 4 e 5 anos de idade).

Então, quando a criança deve ir à escola?

Enquanto a matrícula na creche é facultativa, na Pré-escola, ela se tornou obrigatória em 2016. Embora muitas crianças possam se beneficiar com a ida à Creche – e elas têm o direito de conseguir uma vaga se os pais quiserem -, entende-se que um convívio familiar de qualidade é tão bom quanto à frequência em uma unidade infantil nessa faixa etária.

Já com as crianças de 4 e 5 anos, é diferente. Como já falamos, elas já têm um desenvolvimento cognitivo mais complexo e necessitam de um acompanhamento pedagógico certeiro para utilizar todo seu potencial. Diante disso, a obrigatoriedade da Pré-escola é, antes de mais nada, um reconhecimento da importância dessa etapa escolar para a aprendizagem infantil, especialmente no preparo para o ciclo de alfabetização, que acontece na sequência, nos três primeiros anos do Ensino Fundamental.

Sob outra perspectiva, tornar a matrícula obrigatória também foi essencial para impulsionar o acesso das crianças à Pré-escola. A obrigatoriedade significa um dever duplo – dos pais, em matricular seus filhos, e do Estado, em ofertar vagas suficientes para todas as crianças dessa faixa etária. Desse modo, uma série de efeitos positivos acompanham esse compromisso, como direcionar mais verbas para financiar essas escolas e o comprometimento em avaliar a etapa. E parece que tem surtido efeito, ainda que aquém do esperado. Em 2017, o Brasil atingiu a taxa de 93% de crianças entre 4 e 5 anos frequentando a escola; o ideal, contudo, seria 100%, conforme prevê o PNE e a Emenda Constitucional n° 59.

Brincar ou estudar: o que crianças pequenas fazem na escola?

Essa é uma dúvida muito comum e, geralmente, motivada pelo desconhecimento sobre a Primeira Infância. Se você leu nosso primeiro texto, esse não é mais um problema. De qualquer forma, muitos ainda questionam: afinal, as crianças muito pequenas estudam? Se por estudar, estamos nos referindo à escolarização, com conteúdos, avaliações e condutas típicas da escola fundamental, então a resposta é não. Por outro lado, a Pré-escola não é avessa à aprendizagem, muito pelo contrário: ela é o reino do lúdico, que é a maneira como crianças pequenas aprendem!

Ou seja: crianças de 4 e 5 anos não devem ser escolarizadas mas, sim, aprender brincando. Isso significa que, munidos de conhecimentos sobre desenvolvimento infantil e Educação, os profissionais da área são capazes de planejar brincadeiras e ambientes que façam com que a criança aprenda naturalmente, desenvolvendo habilidades sociais, emocionais e cognitivas importantes para a transição para o Ensino Fundamental. Saiba mais sobre o assunto aqui.

Se todas as crianças tiverem uma Primeira Infância de qualidade, teremos um Brasil melhor?

Sim, segundo atestam os especialistas. Uma série de estudos sobre o assunto aponta que apostar em políticas públicas para gestantes e crianças entre 0 e 6 anos de idade pode gerar um retorno enorme para o País, o que inclui efeitos na renda, produtividade, igualdade e sustentabilidade. Conheça o que dizem alguns deles aqui.

PS: Sabia que o Brasil faz parte de uma agenda voltada para a Primeira Infância? Confira:

http://agendaprimeirainfancia.org.br/

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