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3 lições preciosas para participar mais da Educação do seu filho

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Perguntar como foi a aula do seu filho, ajudar na lição de casa, ir à reunião de pais e mestres. Essas são tarefas que os todos responsáveis têm em comum na Educação dos seus filhos. Mas nem sempre é assim. Na Escola Estadual Aquilino Ribeiro, em Guaianazes, zona leste de São Paulo, a situação era  outra.

Reunião de pais esvaziada era uma cena comum – os responsáveis pelas crianças e adolescentes costumavam aparecer apenas na época de matrícula ou quando havia algum problema disciplinar. Era esse o contexto que a líder comunitária Maria Aparecida Custódio enfrentou quando decidiu mudar a escola pela participação dos pais.

Cidinha, como é chamada no bairro, passou a trabalhar com o programa Coordenador de Pais, da Fundação Itaú Social em 2009. Tanto ela quantos seus 5 filhos já haviam estudado lá e hoje um de seus netos também frequenta a unidade.

A tarefa era sensibilizar tanto a equipe gestora e docentes quanto os pais. “Tinha alguns professores parceiros e tomei atitudes. Eu ficava no portão da escola recebendo os pais e organizava cafés da manhã para passar a mensagem de valorização da participação da família. Isso é necessário porque a casa é a extensão da escola e vice-versa. Sem isso, o professor fica pedagogicamente limitado”.

O projeto durou até 2013, mas seus frutos continuaram. Ela relata que a comunidade escolar agora vê a Educação como um valor. Exemplo disso foi a revitalização da Associação de Pais e Mestres. “Os pais agora sabem que lá tem a discussão sobre a verba da escola. Hoje tem até fila de espera de pais querendo participar”, conta.

Mas, e os responsáveis que querem participar e não sabem como começar? As ações de Cidinha deixam 3 importantes lições para aqueles que desejam se engajar na Educação dos filhos.

 

1. Conheça a escola

Não basta fazer a matrícula. Ao visitar a escola, é importante que os pais conheçam a equipe gestora e os professores, além de verificar como está a infraestrutura. É necessário que família e escola andem em parceira pensando no melhor para os estudantes.

 

2. Acompanhe as atividades

Outro ponto essencial: fale com os professores sobre o aprendizado do seu filho. Se não for possível ir à reunião de pais, marque outro horário. “A maioria dos pais saíam cedo para trabalhar e não conseguiam ir à reunião de pais às 8h. Por isso, criamos um novo horário. Cheguei atender pais até à noite”, conta Cidinha.

Ela explica ainda que é preciso acompanhar o dia a dia do seu filho, como ajudá-lo na lição de casa. Mas nem todos conseguem fazer isso diariamente. Nesses casos, Cidinha recomenda se planejar para fazê-lo no final de semana. “Durante o dia, dá tempo de pelo menos perguntar como foi a aula”.

 

3. Não tenha medo de perguntar

Cidinha conta que muitas vezes o pai não entende o que o professor fala na reunião de pais. Mas isso não deve ser motivo de vergonha. “O professor fala no linguajar da pedagogia e o pai pode não entender. Por exemplo, se ele não entendeu o que é defasagem em matemática, tem que perguntar. Não pode sair de lá com dúvida.  E tem que perguntar também o que ele pode fazer em casa para ajudar o filho”.

Cada atitude dessa significa colocar a Educação no cotidiano familiar. E, apenas assim, tanto as crianças quanto a comunidade começam a viver – e ver –  a Educação como um valor.