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Pesquisa de opinião: o que a população acha da atuação do Governo Federal na Educação e na formação de professores

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A atuação na área educacional tanto do Governo Federal como do Congresso Nacional é mal avaliada por 33% e 37% dos brasileiros, respectivamente, enquanto 30% deles vêem como positivo o trabalho do Poder Executivo na Educação e apenas 18% também o fazem para o Poder Legislativo. Os dados são de pesquisa de opinião do Todos Pela Educação em parceria com o IDEIA Big Data, realizada em novembro de 2019.

Em relação ao Ministério da Educação (MEC), 53% das pessoas que responderam à pesquisa acreditam que o órgão está enfrentando os reais problemas da Educação Básica. Porém, apenas 25% dos participantes vê o trabalho do órgão como superior ao dos demais ministérios. A maioria (40%) ainda afirma que o desempenho do MEC é semelhante ao de outras pastas, e 25% taxaram como pior.

Por outro lado, o público se mostra otimista quanto ao futuro da Educação no País. Para 46% dos entrevistados, a situação das escolas públicas vai melhorar até 2022, ao passo que 16% acreditam que ela vai piorar e 24% não vislumbram mudança.

Para Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação, a percepção da população pode parecer descompassada com a de especialistas em relação à atuação do governo federal por dois principais motivos: “Na prática, quem implementa as políticas educacionais são os estados e municípios, e esses entes têm tido maior protagonismo, uma vez que o MEC deixou de ser uma liderança na indução das políticas públicas do setor. Além disso, embora o MEC consiga apontar alguns dos principais desafios da Educação Básica, as medidas que têm tomado para enfrentá-los estão equivocadas ou são insuficientes diante das evidências já consolidadas. Nesse sentido, é fundamental que a população tenha maior acesso a informações sobre qual é a Educação que pode fazer do Brasil um país melhor, e como fazer para alcançá-la”, afirma.

Sobre a atuação do parlamento, Maurício Moura, presidente do IDEIA Big Data avalia: “É compreensível que a população avalie pior o poder legislativo, uma vez que o trabalho dos deputados acaba tendo menos visibilidade e não se traduzem, na maioria das vezes, em ações concretas na vida da população”.

Professores
A pesquisa também mediu a percepção dos brasileiros em relação à formação docente. Para 75% dos entrevistados, o MEC deveria atuar para que os professores tenham uma formação tão rigorosa quanto dos médicos. Mas enquanto 69% não confiam na Educação à Distância (EaD) para a formação em medicina, uma parcela menor, 51%, rejeita essa modalidade para os magistério.